Travessia

Disciplina: Educação Física
Ciclo: Ensino Fundamental – 5ª a 9ª
Assunto: Desafio em grupo
Tipo: Metodologias
As dinâmicas do trabalho em grupo devem ser objeto de interesse de todas as áreas do conhecimento porque elas criam as condições favoráveis para se aprimorar a capacidade dos alunos de trabalhar coletivamente, sem desrespeitar suas individualidades. Não raras vezes, estas experiências são muito mais significativas e enriquecedoras para uma dada reflexão do que uma simples conversa. E os desafios em grupo geralmente conquistam todos os alunos quando instigados a resolver um determinado problema.

Para essa atividade são necessários três bambolês para cada grupo de 12 a 15 alunos, e um espaço de 15 a 20 metros, demarcado por duas linhas paralelas: uma inicial e outra final. Em uma quadra poliesportiva, pode-se usar a extensão da quadra de voleibol.

Para iniciar a atividade, divida a turma em grupos de aproximadamente 15 alunos. Cada grupo deve formar um pequeno círculo próximo à linha inicial; para isso, todos devem se sentar. Em seguida, o professor entrega três bambolês para cada uma das equipes e apresenta o desafio: fazer a travessia de todos os componentes do grupo até a linha final no menor tempo possível. Para isso, todo o deslocamento necessário só será permitido se feito dentro da área delimitada pelos bambolês.

Uma regra importante: não é permitido arrastar os bambolês pelo chão. Se algum integrante do grupo, por qualquer motivo, pisar fora dos bambolês, toda a equipe deve voltar à linha inicial e fazer nova tentativa. O grupo vencedor será aquele que primeiro completar essa travessia. E a partir dessas regras, os grupos terão 10 a 15 minutos para elaborar uma estratégia para atingir esse objetivo.

É muito comum entre os alunos surgirem várias dúvidas após essa breve explanação, mas o interessante para a realização da atividade é não explicá-la demais. Destaque apenas que as pessoas só podem atravessar a quadra, ou o local predeterminado, pisando dentro dos bambolês e que há diversas formas de o grupo se organizar para chegar à outra extremidade do espaço.

Durante todas as etapas da atividade é interessante que o professor observe atentamente como os alunos se comportam no momento de traçar as estratégias necessárias para atingir o objetivo proposto, por exemplo:

  • Todos têm a voz respeitada no grupo?
  • Todos se mobilizam com a questão?
  • Há lideranças? Como se relacionam com elas?
  • Como reagem aos equívocos de um companheiro?

Ao final da atividade, e após a empolgação natural por ela provocada, o resultado dessa observação deve ser apresentado cuidadosamente aos alunos. Em seguida, convide-os a comentar suas observações, ampliá-las, rebatê-las… Este momento será bastante enriquecedor para a formação de todos.

Texto Original: Iza Anaclêto e Mônica Arruda Xavier

Edição: Equipe EducaRede

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

Expressões do corpo

Disciplina: Educação Física
Ciclo: Ensino Médio
Assunto: Conhecimento do corpo
Tipo: Metodologias

O objetivo dessa atividade é fazer com que os alunos explorem ao máximo o seu potencial expressivo corporal. Para desenvolvê-la, é necessário um aparelho de som, uma sala de aula limpa, fitas ou CDs com músicas instrumentais (sem letra).

Prepare a sala de aula, afastando as carteiras e criando um ambiente acolhedor com uma música de fundo. Converse com os alunos sobre o objetivo da aula e peça-lhes que tirem os sapatos e andem pela sala.

Possibilidades de comandos: ao sinal de uma palma, os alunos devem movimentar-se; duas palmas, devem parar para ouvir a instrução do que fazer.

Instruções:

  • Andar pela sala livremente, sem deixar espaços vazios; nas pontas dos pés; apoiando-se ora na borda interna dos pés, ora na externa; apoiando-se nos calcanhares.
  • Andar normalmente.
  • Explorar as possibilidades de movimentação das articulações: punho, cotovelo, ombro, joelho, tornozelo, coxa, coluna.
  • Explorar as possibilidade de aproximação e distanciamento das articulações, por exemplo: cotovelo e tornozelo; membros.
  • Explorar a movimentação de cabeça, tronco, pernas e braços.
  • Tocar o próprio corpo: quais as partes que conseguimos tocar? Em que partes isso não é possível?
  • Locomover-se de um ponto a outro da sala, sem utilizar passos (saltitando, pulando, girando, fazendo cambalhota); movimentando-se da cintura para baixo (nível baixo); do ombro para baixo (nível médio); do ombro para cima (nível alto).

À medida que os alunos respondem aos estímulos, o professor propõe novos desafios corporais e introduz variáveis com atividades em grupo, por exemplo: criar uma seqüência de movimentos em que as mãos estejam em evidência e apresentá-la aos colegas.

Fontes adicionais de pesquisa:
LABAN, Rudolf. Dança Moderna Educativa. São Paulo: Icone, 1990.
MARQUES, ISABEL A. Ensino de Dança Hoje, Textos e Contextos. São Paulo: Cortez, 1999.

Texto original: Iza Anaclêto e Mônica Arruda Xavier
Edição: Educarede

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

Caminho maluco

Disciplina: Educação Física
Ciclo: Ensino Fundamental – 5ª a 9ª
Assunto: Ginástica artística e conhecimento corporal
Tipo: Metodologias

Paralelamente a um trabalho de exploração e vivência de movimentos de Ginástica Artística como rolamentos para frente e para trás, estrela e rodante, pode-se propor aos alunos de 5ª e 6ª séries a confecção de um material bastante estimulante para enriquecer essa vivência.

Os alunos são organizados em grupos de quatro ou cinco componentes. Distribuem-se cartolinas, lápis e tesouras para desenhar e recortar partes do corpo: cabeça, tronco, quadril, mãos e pés. Essa representação pode utilizar formas geométricas, por exemplo, um círculo para a cabeça, um retângulo para o corpo, um quadrado para o quadril, enquanto as mãos e os pés podem se aproximar da forma real.

Para que todas essas peças fiquem em um tamanho ideal, convida-se um aluno do grupo para servir de modelo e deitar em cima da cartolina para os demais fazerem com ele um “molde” da cabeça e demais partes do corpo. Cada modelo pode servir de base para outras cópias, pois cada grupo precisa fazer cerca de dez cabeças, dez troncos, dez pares de mãos e 12 pares de pés.

Uma das possibilidades de uso desse material é a elaboração, por parte de cada grupo, de um percurso envolvendo os diversos movimentos já trabalhados em aula – rolamentos, estrelas, saltos em um pé só. Essa seqüência de movimentos é representada no chão, para que outro grupo tente “decifrá-la” e executá-la.

Por exemplo, uma “estrela” pode ser representada com um par de mãos paralelas, voltadas para um lado, seguidas de um par de pés dispostos lateralmente para o outro lado. Saltos em um pé só, por uma seqüência de pés direitos seguidos.

Em geral, os alunos se envolvem bastante com esse desafio, estudando a melhor forma de representar cada movimento e elaborar um percurso original, trocando idéias entre si e refazendo os movimentos diversas vezes na tentativa de decompô-lo em partes.

Quando todos os grupos estiverem com seus percursos representados no chão, o professor propõe a eles que desvendem o percurso criado pelos colegas e decifrem a seqüência de movimentos que ele representa.

Para avaliar se realmente acertaram, um aluno executa os movimentos. O grupo criador verifica se conseguiram descobrir todos os movimentos e os demais grupos avaliam se aquela proposta estava bem representada.

Texto original: Iza Anaclêto e Mônica Arruda Xavier
Edição: Educarede

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

DST e Aids

Disciplina: Ciências
Ciclo: Ensino Fundamental – 5ª a 9ª
Assunto: Doenças sexualmente transmissíveis
Tipo: Metodologias

Ao abordar os conteúdos relativos a DST e Aids, é importante partir das concepções que os adolescentes têm a respeito do assunto. Assim, é preciso criar oportunidade para que o jovem dialogue sobre o assunto, avalie a exatidão e utilidade das informações que possui, distinguindo fatos científicos de crenças e superstições.

Ao introduzir o assunto, o professor pode utilizar uma dinâmica que auxilie o aluno a refletir e a sentir-se à vontade para expressar sentimentos. Forme grupos de cinco alunos e distribua para eles cartolina ou papel pardo, cola, lápis de cor e revistas. Solicite que conversem sobre o que sentem a respeito das DST e Aids (medo, indiferença, preocupação etc) e o porquê desse sentimento. Cada grupo deverá representar o que foi discutido por meio de uma imagem, utilizando desenho e colagem.

Proponha aos grupos que compartilhem com a classe o significado da representação centrando o debate nos seguintes pontos: sentimentos, crenças e temores mais comuns diante de DST e Aids.

Anote as questões dos grupos e, para a aula seguinte, organize informações úteis ao grupo. Use textos, livro didático, filmes ou outro material pertinente.

Texto original: Vera Lúcia Moreira
Edição: Equipe EducaRede

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)