Disney’s Magic English

Disney’s Magic English

Disciplina:

Língua Inglesa

Ciclo: Ensino Fundamental – 5ª a 9ª
Assunto: Vocabulário, estruturas gramaticais
Tipo: Filme

Onde encontrar: Barsa Planeta Internacional – Tel. 0800-131122

Uma boa tática para desinibir os alunos e levá-los a exercitar com mais naturalidade a pronúncia em sala de aula é o uso de fitas de vídeo da coleção “Disney’s Magic English”. Cada vídeo tem cerca de 26 minutos de duração e se constitui dos seguintes itens:

  • Exposição da linguagem por meio de uma narração com os personagens Disney.
  • Ampliação do vocabulário, envolvendo a compreensão e a memorização de palavras e conceitos, a partir da repetição em diferentes contextos.
  • Recreio (play time): momentos em que os alunos são convidados a repetir, responder/adivinhar ou cantar.O vídeo é totalmente em inglês, com exceção das partes em que se convida o aluno para o play time. Todas as palavras aparecem escritas na tela e são ouvidas em áudio.O professor pode escolher o vídeo pelo tema (são cerca de 30) e usá-lo como introdução ao conteúdo que vai trabalhar ou, depois, como reforço do mesmo. O vocabulário selecionado em cada vídeo é aquele que faz referência ao universo mais próximo da criança, oferecendo acesso à própria essência da língua por meio do aprendizado das estruturas que possibilitam a comunicação.

    As regras gramaticais não são explicadas de forma direta, mas podem ser deduzidas naturalmente em vários contextos. Cada fita de vídeo vem acompanhada de um fascículo com instruções em português e tradução das atividades, o qual complementa o vídeo e apresenta um teste que permite aos alunos a verificação de seus progressos.

    O fascículo, ilustrado com os personagens da Disney, oferece ao professor a possibilidade de selecionar as atividades que julgar mais adequadas a sua turma e explorá-las em sala de aula, após a exibição do vídeo, para reforçar o que foi aprendido.

    Entre as várias atividades propostas, que envolvem brincadeiras, jogos, histórias em quadrinhos (HQ), dicas e esclarecimentos, o fascículo expõe de forma simples algumas questões gramaticais da língua inglesa.

    Combinando educação com diversão, é possível observar, logo na primeira experiência, o interesse dos alunos em aprender, ao mesmo tempo que se divertem, e sua desinibição no exercício de pronúncia.

    Um exemplo de fita que pode ser utilizada é “Greetings“. Ao assisti-la, os alunos têm oportunidade de conhecer e observar o emprego de algumas palavras “novas”. Aprendem a usar os cumprimentos do cotidiano — Hello!, Hi!, How are you?, Good morning! — e a responder, afirmar ou negar, utilizando o verbo to be.

    Referência:
    Disney’s Magic English, Disney Enterprise, Inc., 1999.
    Tradução: Nair de Almeida Salles
    Impressão: Gráfica Círculo
    Editora: Planeta

    Texto original: Zelinda Campos Cardoso
    Edição: Equipe EducaRede

 

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

Quem canta, os males espanta

Quem canta, os males espanta

Disciplina:

Língua Inglesa

Ciclo: Ensino Médio
Assunto: Vocabulário, estruturas lingüísticas, cultura
Tipo: Músicas

Um dos modos mais prazerosos de aprender uma língua é ouvindo e cantando música. Lembremos que, quando bebês, parte do que aprendemos da língua materna contou com a colaboração das cantigas de ninar; quando crianças, das cantigas populares que entoávamos em roda.

Exercícios com música no ensino de língua estrangeira estimulam e aperfeiçoam a audição e a produção oral do aluno. Propõem a prática espontânea (cantar uma música) de algo que nos é estranho (língua estrangeira).

E por falar nisso, que tal ouvir e repetir a letra Save the Childrende Marvin Gaye? A música integra o disco What’s going on, gravado em 1971 e chama a atenção para o temeroso futuro das crianças num mundo em que a percepção do artista está “destinada a morrer”. O contexto é a guerra do Vietnam em 1969.

O trabalho com a música pode ser feito em três etapas.

  • Apresente uma breve biografia do músico Marvin Gaye, explore o contexto histórico do disco e da faixa selecionada e discuta com o grupo.
  • Sugira perguntas: Como entendem a visão do intérprete? Ela é otimista ou pessimista? Por quê? Acham que a situação relatada na música ainda tem eco atualmente? Concordam com o ponto de vista adotado? Como vêem o futuro das crianças hoje?
  • Feita esta contextualização, passe à audição propriamente dita, primeiramente para que os alunos apreciem a música sem o acompanhamento da letra.
    Em seguida, distribua a letra da música com lacunas para que os alunos tentem preenchê-las na segunda audição. A terceira escuta permitirá aos alunos conferir as lacunas preenchidas e completar aquelas que eles não conseguiram preencher. Apresente a resposta correta dos espaços em branco para que os alunos possam observar possíveis enganos. Por fim, convide a todos para cantar e se deleitar com a música aprendida.

Esta proposta é uma possibilidade de trabalho em sala de aula; portanto, o professor pode realçar outros aspectos da letra de Marvin Gaye (palavras, expressões etc.).

Neste caso, optamos por omitir as contrações (“wanna, won’t, can’t, who’s etc.) e as estruturas verbais contidas na música: imperativo (“Save the children”; “Let live everybody” etc.), futuro (“There’ll come a time”; “Flowers won’t grow” etc.), presente (“Who really cares?” etc.).

Na letra, o que vai sublinhado é o que deve aparecer em lacuna para os alunos.

Para que os alunos percebam a dinâmica da atividade e o objetivo pretendido, é importante, ao final das audições, dedicar um tempo para comentar a letra e os aspectos lingüísticos sublinhados (gramática, expressões, vocabulário).

Se o professor adotar o modelo proposto, vale comentar as diferenças entre os tempos verbais destacados e o uso das contrações, pertinente à linguagem oral e musical, embora inadequado ao registro escrito e formal. Neste caso, as contrações devem ser eliminadas (“want to” no lugar de “wanna”, “will not” no lugar de “won’t”, “can not” no lugar de “can’t”, “who is” no lugar de “who’s” etc.). Também é importante chamar a atenção para a construção “Who really cares?”,  porque o pronome interrogativo “who” é conjugado na terceira pessoa do singular e não pede auxiliar.

Com o percurso proposto, o professor perceberá que o trabalho com música em sala de aula educa o ouvido do aprendiz de línguas. Incentiva-o a transcrever as letras das músicas que escuta, a repeti-las e cantá-las. De uma audição passiva, o aluno passa a uma audição ativa, assimilando estruturas, aprendendo um pouco de história e cultura e tornando a vida mais leve, porque “quem canta, os males espanta”. Seja em que língua for.

Referência:
GAYE, Marvin. What’s going on. Tamla, 1971.

Texto Original: Lilian Escorel

Edição: Equipe EducaRede

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

Valorização e socialização do vocabulário

 

Valorização e socialização do vocabulário

Disciplina:

Língua Inglesa

Ciclo: Ensino Fundamental – 5ª a 9ª
Assunto: Vocabulário
Tipo: Metodologias

Para recuperar a auto-estima e motivar os alunos pouco interessados pelas aulas de Inglês, o professor pode iniciar uma conversa à respeito do que pensam sobre o ensino dessa língua. Certamente, serão ouvidos argumentos do tipo: “não sei nada de inglês”, “esqueci o que já aprendi”, “não gosto de inglês porque é muito difícil”, “é uma disciplina desnecessária”.

É importante que todos se manifestem; alguns podem querer detalhar suas dificuldades em relação à escrita, pronúncia, gramática, leitura e tradução. Outros, podem atribuir a culpa de nunca terem aprendido inglês aos professores que “quase não deram aula” ou “não ensinavam direito”.

Depois o professor deve direcionar a conversa para uma reflexão sobre a importância do inglês em nossas vidas e a sua crescente influência em todo o mundo. É importante destacar alguns exemplos dessa influência, principalmente aqueles que os próprios alunos apontarem, complementando com o que se considerar oportuno.

Por exemplo, a língua inglesa é empregada em todos os tipos de comunicação entre os povos e é de fundamental importância no mundo globalizado de hoje. Facilita as descobertas tecnológicas, além de ser um dos principais veículos de comunicação nos meios diplomáticos, no comércio mundial, nas competições esportivas, nos congressos sobre Ciência.

Cada vez aumenta o número de pessoas que estudam e falam inglês em todo o mundo. O conhecimento dessa língua permite o acesso a novas possibilidades, que vão do universo cultural (conhecimento de muitos povos e culturas diferentes da nossa) ao tecnológico.

Em seguida, o professor propõe que os alunos façam uma estimativa de quantas palavras ou expressões conhecem em inglês (que sabem a pronúncia e o significado) e transcreve esse levantamento na lousa. Quanto mais baixa for a estimativa, maior será a admiração pela constatação do que sabem.

O professor deve incentivar os alunos a lembrarem de mais palavras e expressões, sugerindo que pensem, por exemplo:

  • em aparelhos eletrônicos: on, off, review, forward, stop, play, record, pause, tape, radio, disk play, walkman etc.
  • em comida: hot-dog, cheeseburger, salad, cheese egg, fast food, French fries, baked potato, mashed potato, potato chips, pop corn etc.
  • em esportes: surf, skate, ski, bike, tennis, volleyball, basketball, football, club etc.
  • ou ainda em cores, animais, objetos, e assim por diante.Quando a lousa estiver repleta, o professor chama a atenção da classe para a quantidade de vocabulário que eles já possuem e, se achar que ainda são capazes de lembrar de mais palavras, pode sugerir que façam para a aula seguinte uma lista das palavras que lembrarem posteriormente. Essas palavras podem ser socializadas e fazer parte do vocabulário comum da classe. O professor pode, também, preparar exercícios diversos para utilizá-las, por exemplo:
  • Usar esse vocabulário nas frases que exemplificam os exercícios propostos, para facilitar o entendimento das mesmas e garantir maior participação dos alunos.
  • Pedir aos alunos que completem frases empregando o vocabulário “socializado”:I have a walkman.
    They haven’t a brother.
    Have you a potato?
    Has she a blue bike?
  • Depois de ensinar as formas afirmativas, negativas e interrogativas, pedir que construam frases com o vocabulário conhecido e/ou mudem as frases de uma forma para outra, além de fazer a tradução das mesmas:The cat is black.
    The car isn’t old.
    The girls are beautiful.
    Is a good skate?
    Are the birds big?…

    Com o vocabulário da classe ampliado e socializado, o professor terá melhores condições para desenvolver o seu trabalho e os alunos se sentirão mais motivados ao constatarem suas contribuições nas atividades realizadas.

    Obs.: É recomendável ter pelo menos um dicionário na sala de aula, para dúvidas emergentes.

    Texto original: Zelinda Campos Cardoso
    Edição: Equipe EducaRede

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

Os dicionários em “Uma palavra puxa a outra”

Os dicionários em “Uma palavra puxa a outra”

Disciplina:

Língua Inglesa

Ciclo: Ensino Médio
Assunto: Dicionários, vocabulário, associação de palavras, sinônimos
Tipo: Jogos

Onde encontrar: Bibliotecas de escolas de línguas (Cultura Inglesa, União Cultural Brasil–Estados Unidos, Associação Alumini), livrarias

O hábito de leitura é muito importante na educação do aluno porque pode ampliar a visão de mundo, aprimorar a compreensão da língua e melhorar a produção escrita. Nessa medida, estariam os dicionários, esses calhamaços de folhas finas e letras pequeninas que afugentam os aprendizes, incluídos nesse hábito de leitura essencial?

Muitos escritores acreditam que sim. O mestre Monteiro Lobato confessa, em sua formação: “Parei com os contos e segui com o Aulete. Dá-me mais prazer isto, além das vantagens que traz – prazer pitoresco, variado como o de um general que assistisse ao desfile de 70 mil homens não uniformizados, cada um vestido dum jeito e lá com sua cara diferente. Outra vantagem está sendo a retificação de muitas palavras que eu pensava que eram uma coisa e são outra; e também já cavei 24 vocábulos que eu pronunciava erradamente. São 24 ‘batatas’ de que fico liberto. Estou no M.”

Parece, de fato, muito bizarra e incomum essa prática do escritor paulista de se dedicar à leitura do Dicionário Caudas Aulete, porque desde cedo aprendemos que os dicionários são apenas livros de consulta. Lobato nos ensina que eles são uma poderosa fonte de conhecimento de uma língua. De sua aparente forma estática e limitada – uma lista uniforme e volumosa de termos –, revela-se dinâmico, variável e infinito. Ao abrir um dicionário, descobrimos não só o significado de uma palavra, mas também seu encantado mundo.

Para desvendar esse mundo das palavras há, em inglês, o famoso thesaurus: dicionário de palavras e frases agrupadas de acordo com as semelhanças de seus significados. Por isso, nesta dica, propomos um jogo de dicionário analógico, cujo objetivo é ensinar ao aluno a transformar os dicionários em aliados indispensáveis em seu processo de aprendizagem.


Procedimento
:

O professor entrega a um aluno sentado na primeira fileira um papel dobrado com uma palavra nele escrita, digamos: “game”. Pede a ele que escreva, em silêncio, num outro papel, uma palavra em inglês que lhe venha à cabeça em associação à palavra “game”. O aluno conserva para si o primeiro papel e entrega ao aluno seguinte a palavra que escreveu, por exemplo: “play”. Este aluno faz o mesmo e assim sucessivamente até chegar ao último aluno da classe, que escreve a palavra em silêncio, como todos os outros, e a lê em voz alta para todo o grupo.

Nesse momento, o professor revela a todos a palavra inicial que desencadeou o jogo de “uma palavra puxa a outra”. O resultado é sempre surpreendente, pois na maioria das vezes a palavra final costuma não ter nada a ver com a primeira. Pode sair algo tão desconexo como “airport”.

Aqui, é preciso recuperar o percurso traçado pela primeira palavra para demonstrar que a desconexão entre o primeiro e o último termo é apenas aparente. Ambos mantêm uma relação analógica dentro da cadeia estabelecida – as diversas palavras que unem uma ponta à outra:  “game –>  play –>  happy –>  girl –>  boy –> family –> holiday –> trip –> airport”. Trata-se apenas de um exemplo para ilustrar a situação.

O professor expõe à classe todas as palavras na ordem por elas percorrida. Discute com os alunos o significado delas, comenta as associações propostas e incentiva os alunos a fazer outras, mostrando com isso que as associações entre as palavras são infinitas:
game –>  tennis –>  running –>  marathon –>  feet –>  body –> spirit –> religion –> church
é mais um exemplo dentre os milhares de outros possíveis.

Para concluir, o professor apresenta aos alunos a definição de “game” dada por um dicionário de sinônimos em inglês. Para isso, utilize o Roget’s Thesaurus, disponível em rede. Comente com eles as diferenças encontradas.

As analogias provenientes do jogo proposto em aula seguem a lógica da livre associação (são do domínio da criação), e aquelas consignadas no dicionário respeitam a lógica do sistema e da norma da língua.

Moral da história: os dicionários são nossos bons e velhos amigos. Os nossos grilos falantes. Podemos jogar e brincar com as palavras, associá-las livremente, desde que tenhamos consciência da norma que as rege.

Incentive seus alunos a usar os dicionários e a não cederem à preguiça de abri-los para resolver uma dúvida. Ela pode ser fatal. Proponha ao aluno imaginar-se em um país estrangeiro pedindo uma informação, com um diálogo assim:

Excuse me, I am a stranger” –> Desculpe, eu sou um estranho!”

O fiel amigo dicionário ensinará que, em inglês, “estrangeiro” não é “stranger”, como se poderia supor, mas, sim, “foreigner”. “Stranger” é um falso cognato. Mas isso é assunto para outra dica.

Referência:
Roget’s II: The New Thesaurus, Third Edition, 1995. 

O site indicado neste texto foi visitado em 25/09/2003

Texto Original: Lilian Escorel

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

 

Bacon, sausages, eggs, café com leite e pão com manteiga

 

Bacon, sausages, eggs, café com leite e pão com manteiga

Disciplina:

Língua Inglesa

Ciclo: Ensino Médio
Assunto: Expressões e vocabulário usados na culinária.
Tipo: Metodologias

Onde encontrar: Internet

A comida é a nossa primeira porta de entrada no mundo. Fonte de conhecimento e prazer. Canal de comunicação. Um dos elementos formadores da cultura de um povo. Com o tempo, ela vira uma espécie de arquivo vivo. A ingestão de determinado prato ou alimento pode desencadear uma série de lembranças e reminiscências de nossa história. Que não nos façam mentir as tão afamadas madeleines de “Em busca do tempo perdido”, romance escrito pelo autor francês Marcel Proust.

Marcel, narrador e personagem desse romance-rememoração de fins do século XIX até a Primeira Grande Guerra, ao comer o biscoito doce francês acompanhado de um gole de chá, aciona sua memória involuntária. O gosto do biscoito o faz recuperar um tempo esquecido: a sua infância.

O viajante, num processo similar ao do personagem francês, ao experimentar os ingredientes da culinária de um país estrangeiro, penetra na história desse povo e conhece sua cultura. Degusta e “sabe” (do verbo “saborear”) sua língua.

A partir dessa pequena reflexão, o professor sugere aos alunos o tema “culinária na Inglaterra e nos EUA”. Indaga-lhes sobre o que sabem do assunto.

O ideal é começar pelo vocabulário:

  • Fazê-los lembrar do termo refeição em inglês (meal) e das três refeições diárias (breakfast, lunch, dinner).
  • Verificar o que sabem sobre os hábitos alimentares dos ingleses e norte-americanos.
  • Desafiá-los a lembrar do termo inglês que designa o hábito, já tão disseminado no mundo pelos norte-americanos, de se comer rápido: fast food. Pedir exemplos em inglês de comida fast food (hamburger, sandwich, hotdog, soft drinks etc.) e sua opinião sobre esse tipo de alimento: se gostam ou não, se acham nutritivo etc.
  • Propor a leitura do texto Meals in Britain. É importante explorar bastante o vocabulário do texto com os alunos e comparar as três refeições inglesas com aquelas feitas no Brasil. Perguntar se os ingleses tomam café no café-da-manhã. Qual a bebida tradicional do país nessa refeição? O que a acompanha?

    Terminada a leitura do texto que explica o hábito alimentar dos ingleses, proponha uma atividade prática: aprender a receita de um Traditional English Breakfast. Nesta etapa, o professor deve trabalhar e esclarecer o vocabulário empregado nas receitas culinárias e sua estrutura: “ingredientes” (ingredients) e “modo de fazer” (method). Os alunos também podem contribuir com livros ou revistas de receitas em língua inglesa que, por ventura, tenham em suas casas. Servirá ainda de apoio ao professor uma lista de termos culinários.

    Compreendida a receita, o professor pode sugerir aos alunos que experimentem fazê-la em casa para que possam, na aula seguinte, comentar suas impressões.

    Para concluir, desafie-os a imaginar qual seria a impressão de um estrangeiro sobre o nosso café-da-manhã. Como lhe explicariam em inglês a nossa receita? Just coffee and milk with bread and butter? Explorar os nossos diversos ingredientes e hábitos regionais e registrá-los por escrito com a classe, a fim de criar um precioso Brazilian Breakfast Recipe Book.

    Texto original: Lilian Escorel
    Edição: Equipe EducaRede

    (CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)

História dos Empréstimos no Léxico do Futebol

História dos Empréstimos no Léxico do Futebol

Disciplina:

Língua Inglesa

Ciclo: Ensino Médio
Assunto: Língua, história, anglicismos, vocabulário
Tipo: Sites

Onde encontrar: Site

Estudar uma língua é aproximar-se da história e da cultura de seus falantes. É entender, por exemplo, como os usuários dessa língua se comunicam com outros povos, que tipo de relações estabelecem, seu raio de influência ou de submissão, onde vivem no espaço geográfico dos continentes.

O inglês está tão assimilado na cultura brasileira que não notamos a origem de certas palavras. Nem mesmo nos surpreendemos com sua forte presença em diversas áreas da Língua Portuguesa do Brasil. O que dizer, então, de suas marcas no futebol, esporte hoje tão expressivamente brasileiro?

A leitura do texto “História dos Empréstimos no Léxico do Futebol” pode acordar o aluno para esse importante fato lingüístico. Disponível no site Com Ciência, o artigo recupera a história do futebol no Brasil para explicar o emprego de uma série de termos estrangeiros nesse esporte. São, na maioria, vocábulos ingleses tomados das regras e definições de um esporte originalmente bretão, que aqui chegou na bagagem de marinheiros ingleses e jovens brasileiros endinheirados que voltavam de seus estudos no exterior.

O autor, por exemplo, nos faz lembrar que palavras como “gol, time, chute, beque, pênalti”, tão incorporadas na narração do locutor de futebol, no texto do jornalista e na fala de todo brasileiro, nada mais são do que adaptações fonéticas do inglês “goal, team, football, shoot, back e penalty”.

O trabalho em sala de aula pode explorar ao máximo o vocabulário do texto. O professor introduz o conceito de empréstimo lingüístico e, em seguida, busca exemplos extraídos do texto, como os mencionados acima. Depois, incentiva os alunos a pensarem em mais alguns, tirados de seu próprio repertório lingüístico. Não é necessário restringir-se ao léxico do futebol. O objetivo dessa etapa é tornar o tema familiar para o aluno, que deve fazer uma primeira leitura do artigo.

Após essa primeira leitura do texto, realiza-se uma segunda mais dirigida. O professor propõe algumas perguntas de compreensão e interpretação do texto e outras mais voltadas ao estudo do vocabulário, por exemplo:

1) Que termos ingleses, ao contrário de “gol, time, chute” etc., não permaneceram em nossa língua?
2) “Quíper” e “golquíper” são aportuguesamentos de que palavras em inglês? Qual o seu equivalente em português?
3) “Equipe” e “zaga” também derivam do inglês? Se não, explique por quê.
4) Por que Luciano do Vale é considerado um usuário conservador do léxico futebolístico? Que palavra ele usa no lugar de “pênalti” e quando emprega derby?
5) O que significa derby? Há uma tradução desse termo no português?

Para concluir, é possível fazer um trabalho interdisciplinar com o professor de História e pesquisar outros períodos e áreas em que os ingleses ou norte-americanos nos emprestaram o seu léxico.

Os alunos podem, por exemplo, verificar que palavras e expressões as companhias inglesas nos transferiram, quando aqui vieram na segunda metade do século XIX investir em ferrovias e energia elétrica. Company e Light são duas que certamente entraram em nosso repertório lingüístico. “Forró” é outra cuja origem alguns atribuem aos ingleses que, quando vieram construir ferrovias no Nordeste, ali promoviam festas “For all”: festas populares para todos!

Referência:
História dos Empréstimos no Léxico do Futebol, texto disponível no site “Com Ciência”, divisão de reportagens, número “Linguagem: Cultura e Transformação”, publicado em agosto de 2001. (Clique aqui para acessar a página na Internet)

Texto original: Lilian Escorel
Edição: Equipe EducaRede

Os sites indicados neste texto foram visitados em 11/09/2002

(CC BY-NC Acervo Educarede Brasil)